Com 85 votos favoráveis, professores da UFSM aprovam estado de greve

Vitória Parise e Gilberto Ferreira

Com 85 votos favoráveis, professores da UFSM aprovam estado de greve

Foto: Gilberto Ferreira (Bei)

A votação foi realizada Auditório Flávio Schneider, no campus sede, em Santa Maria.

Mais de 160 professores dos quatro campi da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovaram estado de greve pela cobrança de reajuste salarial. Com 85 votos favoráveis, a cerimônia ocorreu nesta segunda-feira (8) durante assembleia realizada pela Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Sedufsm), no Auditório Flávio Schneider (prédio 42, junto ao CCR), campus sede, em Santa Maria. Isso significa que os professores não devem aderir à paralisação a partir do dia 15 (medida adotada por outras instituições federais do país), mas, a qualquer momento, os servidores poderão deflagrar greve. 

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A primeira proposta sobre o indicativo de greve (quando existe uma previsão de data para o início da paralisação) recebeu 82 votos favoráveis. Já a segunda proposta, sobre o estado de greve (decisão que prevê mobilização e movimentos de conscientização sobre a causa), teve 85 votos a favor. A reunião durou cerca de 2h e teve a participação de professores dos quatro campi da UFSM. Equipes de Cachoeira do Sul, Palmeiras das Missões e de Frederico Westphalen colaboraram via chamada de vídeo. Com a decisão, será feita uma paralisação parcial, em apenas um dia na semana. Cada professor tem o direito de aderir ou não à medida.

— A partir de hoje, em qualquer momento, podemos entrar em greve chamando uma nova assembleia. Mas nós estamos em permanente mobilização. Então, a partir do estado de greve, teremos um dia de paralisação e um dia de Assembleia na próxima semana. Mas, dependemos também do que as outras federais vão decidir — explica a diretora de comunicação da Sedufsm, Neila Baldi.

A reunião mencionada por Neila será realizada na quarta-feira (10), em Brasília, e pode mudar o rumo da mobilização. O presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, estará presente na capital federal para acompanhar os desdobramentos e levar as reivindicações apontadas:

— Na minha opinião, tanto uma proposta quanto a outra seria possível, e eu acho que os números mostram isso. Vemos boa participação porque, por exemplo, no dia 20 de março, nossa última assembleia, participaram 50 pessoas. Hoje, foram pouco mais de 160 pessoas. A gente espera evoluir e aumentar o número de participantes, isso é o mais importante. Estamos felizes porque foi uma decisão da maioria e nós vamos cumprir e respeitar.

Reivindicações

Conforme a Sedufsm, na mais recente reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o Ministério da Economia, representado pelo secretário José Lopez Feijó, reiterou a proposta do governo de reajuste de 0% para o ano de 2024. 

Por outro lado, a bancada sindical expressou sua indignação com a falta de avanços por parte do governo. As entidades sindicais também destacaram que a proposta de congelamento salarial para 2024 é inaceitável e desrespeitosa para as categorias.

A mobilização dos docentes, com a definição de ações como o indicativo de greve, foi aprovada em assembleia geral da categoria realizada no dia 20 de março em Santa Maria. Já os servidores técnico-administrativos da UFSM estão em greve desde a metade de março.


Confira o calendário da série de ações com o objetivo de debater o reajuste salarial da categoria:

  • 10 de abril – Reunião do setor das Ifes
  • 15 de abril – Indicativo de deflagração de greve da base do Andes-SN
  • 16 a 18 de abril – Jornada de lutas do Fonasefe, com atividades em Brasília, que inclui audiência pública na Câmara Federal (dia 16), caravana e marcha em Brasília dos servidores (17) e atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação (18)


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